Jornalismo de Soluções e Investigações
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II. Reportagem Básica (60m)
- Etapas para Criar uma História de Soluções
- Como Encontrar uma História Orientada para Soluções: Introdução
- Reportagens Instrutivas sobre Fracassos
- Porções
- Trazendo uma Perspectiva de Soluções para Matérias Curtas
- Jornalismo de Soluções no Deadline
- Jornalismo de Soluções e Investigações
- Examinando uma História Orientada para Soluções: Introdução
- Boas Histórias de Soluções...
- Está Realizando Entrevistas para uma História Orientada para Soluções?
- ‘Vendendo’ uma História Orientada para Soluções: Introdução
- ‘Vendendo o seu peixe’ (pitch)
- Trazendo um Foco de Soluções para a Sua Especialidade
De muitas maneiras, a reportagem investigativa é um veículo ideal para o jornalismo de soluções. O mecanismo das reportagens é essencialmente o mesmo nos dois casos: os repórteres devem entender não apenas o que aconteceu, mas como e por que aconteceu.
Se bem feito, o jornalismo de soluções pode fortalecer as investigações mais contundentes. É uma maneira de responsabilizar os agentes públicos não apenas pelas coisas ruins que eles podem estar fazendo, mas também pelas coisas boas que eles não estão tentando fazer. Descrever exemplos de sucesso afasta quaisquer desculpas pelo mau comportamento. Geralmente, é também uma maneira mais leve e amigável de fazer uma reportagem sobre um assunto deprimente.
Aqui estão duas maneiras de acrescentar um foco de soluções à sua próxima série de reportagens investigativas:
Compare sua exposição investigativa com uma história de soluções
Reforce sua exposição ao relatar também sobre um local próximo ou comparável que está melhorando. Muitas séries investigativas fazem uma menção superficial e precipitada das melhores respostas. Não desperdice essa história! Use-a para explorar profundamente por que essa resposta funciona e o que os outros podem aprender com ela.
Katharine Mieszkowski, do Center for Investigative Reporting, investigou a dificuldade que os pais da Califórnia enfrentam ao procurar informações fundamentais sobre a confiabilidade de potenciais cuidadores infantis. Esse foi um primeiro passo crítico para responsabilizar os formuladores de políticas. Mas, como em tantas investigações, foi apenas o primeiro passo. Apontar a inadequação do sistema ultrapassado da Califórnia provocou indignação, mas não ofereceu respostas para o que os pais preocupados poderiam reivindicar em vez disso.
Courtney Martin fez depois uma reportagem em Indiana, um estado em que os inspetores estão usando as tecnologias mais modernas – incluindo tablets em campo – e os administradores estão estruturando serviços on-line, presenciais e telefônicos, para que pais ocupados e sobrecarregados possam obter as informações necessárias para manter seus filhos em segurança. Agora, os pais da Califórnia não apenas têm o conhecimento do que não está funcionando, mas um exemplo viável para avaliar quando eles exigem melhores serviços.
Estruture a sua investigação com uma história de soluções
Digamos que você esteja expondo um mau comportamento. Por exemplo, os lobistas do setor de casas de repouso convencem as legislaturas estaduais a serem brandas em casos de abuso nestes espaços. Ou a indústria prisional privada realiza uma campanha de Relações Públicas que impede os estados de instituírem tribunais para dependentes químicos e outras alternativas à prisão.
Algum lugar conseguiu se opor a essa pressão para fazer a coisa certa? Nesse caso, você pode contar a história dos esforços bem-sucedidos de um lugar para questioná-la. No processo, você pode relatar tudo o que colocaria em uma narrativa com estrutura mais tradicional. Em nossa seção sobre reportagem e impacto de soluções, falamos sobre como Tina Rosenberg fez exatamente isso em sua investigação da forma como o Brasil lidou com a epidemia de HIV/AIDS na virada do século.